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29 de setembro de 2017

A pelota que deu nome à cidade


No Parque do Gaúcho em Gramado, um interessante objeto enriquece a bela exposição histórica, sobre a saga dos povos do sul. Esta sacola de couro em formato de bola, que em espanhol se diz pelota, era a solução usada para atravessar objetos pelos rios do sul, em séculos passados. Nas suas longas travessias pelos campos levando o charque produzido nos pampas para o centro do Brasil, ou mesmo ao trazer outros objetos na sua volta, os tropeiros utilizavam largamente esta técnica. E o arroio por onde elas mais circulavam que acompanhou o crescimento de um verdadeiro distrito industrial para a produção de carne seca salgada, não podia deixar de ter outra denominação, quando via seu leito se encher destas pelotas.  Nome que também foi dado à cidade que florescia ali perto, em substituição à homenagem a São Francisco de Paula. As outras variadas utilizações do couro do gado que por muitos anos se reproduziu solto pelo pampa, são mostradas detalhadamente nesta rica exposição, que também conta esta saga industrial do sul por meio de educativas maquetes. Um lugar incrível, que conta ainda com a reprodução de moradias antigas dos primórdios da ocupação do território, e uma arena onde são apresentadas técnicas de doma de cavalo além de outras atrações...

Quer conhecer o Parque do Gaúcho e o Zoo que fica ao lado? Pois então compra teu ingresso aqui.







28 de setembro de 2017

O calçamento de dois séculos em Rio Pardo


As pedras do Rio Jacuí foram às escolhidas para formar a primeira rua calçada do Rio Grande do Sul. Construída por mãos escravas em 1813, foi uma solução adotada para facilitar a subida às partes altas da cidade, das mercadorias que chegavam pelo rio um dos maiores e principais da região. As pedras irregulares, com pouca ou quase nenhuma lapidação, formam um leito onde a parte central é que recebe o escoamento das águas da chuva, seguindo o modelo da Via Apia romana. O casario antigo, ainda preservado, ajuda a compor o conjunto que remete o viajante ao passado de um lugar com uma rica importante história. Afinal, foi uma das primeiras cidades da região, em tempos onde as fronteiras entre portugueses e espanhóis eram arduamente disputadas nestes campos sem fim. 



26 de setembro de 2017

Ponte de ferro centenária de Feliz


Sobre o Rio Caí com sua característica cor amarela, esta ponte trazida da Bélgica e montada ali há mais de cem anos, merece uma visita. Ela liga duas metades desta bela cidade de uma das regiões de melhor qualidade de vida de todo o sul. Por sua estrutura metálica os veículos se intercalam em sua passagem, pois ela possui apenas uma via. Já os pedestres tem um caminho lateral, onde podem apreciar de altura significativa, o manso fluir das águas do rio. Mas é de baixo, a beira da água em uma “praia” de pedras arredondadas, que se pode apreciar toda a beleza da sua forma, harmonicamente encaixada na paisagem do vale.   A cidade colonizada por imigrantes germânicos e as paisagens da região convidam a um passeio que pode incluir mais lugares, além da ponte. Lugares que tu sabes que mostramos e mostraremos pra ti, assim como muitas outras pontes históricas espalhadas por aí... 






21 de setembro de 2017

Estações da Maria Fumaça – III Carlos Barbosa (fora da rota)


Em uma série de três postagens, trazemos pra ti o encanto das antigas estações de trem da serra, por onde passa uma velha Maria Fumaça. Que em Carlos Barbosa tem uma estação nova e moderna... A antiga foi erguida na mesma época das de Garibaldi e Bento Gonçalves e não mais recebe os passageiros do trem, sendo utilizada para outras atividades incluindo escritórios da administração municipal, biblioteca e cinema. Com inauguração realizada em 1909 servia a uma linha que seguia em direção a Farroupilha e Caxias do Sul, tendo uma bifurcação que levava a Bento Gonçalves no trajeto atual. E ainda seguia adiante em trecho atualmente desativado, que compunha a ferrovia do vinho pioneira no turismo na década de 70. A linha que segue a Caxias do Sul, também foi desativada em uma sina que afetou todo o sul e muitas outras regiões. Ao contrário de outros continentes onde o trem de passageiros continua tendo seu importante espaço.

Para viajar no embalo deste trem, tu podes comprar o passeio neste link aqui.





19 de setembro de 2017

Uma república em um acampamento


Que país é este? Que leva sua gente a montar moradias rústicas, em meio ao agitado centro de uma metrópole. Só para reverenciar as suas raízes, cultivar suas tradições e enaltecer com muito amor seu patriotismo. Erguendo por todo o lado a bandeira de uma república, que segue muito viva em cada coração... No Acampamento Farroupilha de Porto Alegre, esta nação que existiu por nove anos do século XIX no sul do então império do Brasil, tem seu momento de ressurgir junto com seu passado. Em um congraçamento dos que amam além do seu chão, os costumes herdados dos antepassados. Em cada um destes lares temporários, está um grupo que se reúne para saborear um churrasco, tomar um chimarrão e contar às histórias que formam a cultura de um povo. A bandeira com três cores e três lemas, leva mesmo depois de mais de meio século de seu fim, o nome da república Riograndense sonhada por aqueles revolucionários. O vermelho republicano que rasga o verde e amarelo, representava o sonho de uma nação sem reis ou imperadores, que fosse de toda a sua gente. Ou “Res Publica”.  Do público... E que tivesse a guiá-lo os lemas “Liberdade, Igualdade e Humanidade”.







Os planos da revolução na sombra do cipreste



Foi embaixo desta árvore, que Bento Gonçalves  seus comandados definiram as últimas ações a serem executadas na madrugada de 20 de Setembro de 1835. Em frente à casa de Gomes Jardim em Guaíba, os revolucionários planejaram a tomada de Porto Alegre dando início a festejada Revolução Farroupilha. A guerra contra as forças leais ao império duraria longos dez anos e deixaria um rastro de sangue, sequelas, mas sonhos. E nem todos frustrados. A paz selada que muitos interpretam como derrota, semeou os ventos da República que tomaria conta do país 4 décadas depois. Além de seguir sendo lembrada como um exemplo de coragem e ousadia dos que queriam mais. Dos que lutaram por aquilo que achavam justo. Os elementos culturais desta empreitada seguiram vivos através dos anos, sendo posteriormente incrementados e cultivados principalmente no século XX, para enaltecer a figura do gaúcho. E as raízes desta gente se confundam nas celebrações atuais, com o sonho de criação de uma nação que insiste em existir. Ao menos em seus símbolos.... 


17 de setembro de 2017

Olhares gaúchos


 Para o céu, para o infinito do pampa, para o passado, para o futuro. A figura mitológica que dominou os campos continentais acabou querendo ou não, simbolizando os que nascem nesta terra. A famosa estátua do laçador em frente ao aeroporto de Porto Alegre, e a do gaúcho oriental no Parque Farroupilha, presente do governo do Uruguai no centenário da Revolução que dá nome a esta importante área verde da capital também conhecida por Redenção, representam muito bem este personagem. E suas características, sua indumentária, seus hábitos e sua cultura estão cada vez mais preservados não só por aqueles que seguem nas lides do campo, mas também pelos que se reúnem neste Setembro no Acampamento Farroupilha. No evento cada vez mais cultuado, famílias inteiras se voltam ao passado de uma rica história, para entender não só como e porque tudo aconteceu, mas também para buscar respostas ao que vem por aí neste agitado novo século. Sempre acompanhados de um bom mate ao redor do fogo de chão...




15 de setembro de 2017

A beleza dos Ipês amarelos


Eles estão em várias cidades do sul. Mas também nas estradas. Em Rio Pardo, no caminho à Santa Cruz do Sul, este conjunto de árvores vem emoldurando com a suas flores, a bela paisagem dos campos sem fim. O clima deste fim de inverno favoreceu a intensidade deste espetáculo que traz uma agradável surpresa aos que viajam, ou simplesmente andam pelas ruas com um olhar mais atento. E a primavera ainda nem começou... 






12 de setembro de 2017

A doma do cavalo em Gramado


No Parque do Gaúcho em Gramado, a tradição e a técnica em tornar o cavalo um companheiro das lides do campo, são mostradas para que se entenda e aprenda um pouco mais das origens do sul. A firmeza, concentração e paciência da atividade são essenciais a quem no fundo quer estabelecer uma relação de confiança. E este envolvimento fica claro na apresentação onde o domador e futuro cavaleiro estabelece com seu parceiro de quatro patas, uma relação de respeito à sua natureza. Utilizado em um passado de lutas, como veículo de combate, em tempos de paz ajudou a forjar os caminhos do campo, na demarcação de limites de terras e na condução do gado que garantiu a sobrevivência de gerações de gaúchos. Trazido das arábias séculos atrás, o cavalo hoje é muito mais do que um companheiro do trabalho campeiro. É um verdadeiro símbolo das gentes que ocuparam a imensidão das planícies do sul...

Gostou da apresentação? Pois tu podes comprar teu ingresso para o Parque Gaúcho e para o Gramado Zoo pelo preço promocional de R$ 55,20 neste link aqui.

11 de setembro de 2017

A independência do 11 de Setembro



De 1836, quando o General Neto deu vivas à República Rio Grandense. A nova nação que surgia como fruto da revolta iniciada no precursor 20 de Setembro do ano anterior, fez um grupo de pessoas sonhar com a liberdade e autonomia que, segundo sua crença, só uma república poderia dar. Mas o então império verde-amarelo foi mais forte e venceu uma batalha que não contava com a unanimidade dos gaúchos e que durou uma década inteira. O reinado brasileiro seguiu seu rumo, mas acabou cedendo aos ventos republicanos 45 anos depois, com o fim da monarquia em 1889. Mostrando que os ideais propostos na esteira da inicial revolta contra impostos considerados injustos, seguiram fortes nos corações e mentes de muitos. Os que olham os festejos atuais questionando o porquê de celebrar uma batalha perdida poderiam aproveitar para aguçar o olhar e ler as palavras contidas no brasão deste país: “Liberdade, Igualdade, Humanidade”. Será que não são atuais? 

8 de setembro de 2017

Torres e árvores do sul – IV Cotiporã


Uma série com 4 postagens com torres de igrejas de uma parte da serra gaúcha, acompanhadas de árvores floridas para a primavera, depenadas com o fim do inverno, ou mesmo somente com suas folhas verdes e formas singulares. A Igreja Matriz Nossa Senhora da Saúde erguida em 1907 nesta pequena cidade em ponto alto da região, está muito bem acompanhada. Uma extensa fileira de Ipês amarelos preenche a rua que termina de frente a igreja com esbelta torre à sua direita, formando um cenário encantador. Um espetáculo simplesmente impressionante que surpreendeu este viajante, pois o objetivo principal no lugar era trazer imagens da Cascata dos Marins. Esta joia da imigração italiana que encerra esta séria mostra que há muito, mas muito mais a ser mostrado. E visitado. Venha trilhar caminhos conosco, nos Destinos do Sul. 




6 de setembro de 2017

Pátria é a casa da gente


Já dizia um personagem de  O Continente (primeira parte da saga O Tempo e o Vento) escrito por Érico Veríssimo. Era o conselho que um pai dava ao filho que queria se juntar as tropas comandadas por um patriota (ao menos na visão dele), na guerra para expulsar os castelhanos do pampa gaúcho há mais de 200 anos atrás. Mas afinal, o que é mesmo pátria? Onde nascemos? Onde somos cidadãos? Lugar do qual gostamos? Símbolos e instituições? A nossa casa, onde constituímos família? A casa da família de onde viemos? Nossas origens? O grupo ao qual pertencemos? Mas qual dos grupos? Qual das origens? O país do passado? O do futuro? O do presente? A parte que nos orgulha? Ou a que nos envergonha? Desenhar a resposta para tantas perguntas é uma tarefa não muito simples. Mas recheada principalmente de sentimentos. A base da busca das nossas razões e argumentos para defender o que julgamos ser nosso. E estes sentimentos, nos fazem ter e ser uma pátria... Aqui mostramos e contamos o sul com nosso olhar, te convidando sempre para seguir as trilhas, caminhos e histórias. Para olhar como quem pertence a algo. E possui muito mais do que imagina. 


5 de setembro de 2017

Um condomínio indígena


Por que deveriam morar mais do que uma família nesta Caverna em Veranópolis. Um empreendimento amplo em seus mais de 1.800 m2, moldados ao longo de milhões de anos pela natureza da serra gaúcha. A impressionante estrutura é um lugar que deve ser visitado, para entender como era a vida dos que aqui viviam antes da chegada dos europeus. Seu acesso não é difícil, bastando descer alguns degraus de uma escada e percorrer uma trilha leve e plana. Não há ingresso, e um conjunto de lâmpadas que pode ser ascendido na entrada, possibilita penetrar nos seus 67 metros de comprimento. A altura do teto é razoável, e não é uma aventura perigosa apreciar as formações rochosas e o conjunto de passagens e ambientes moldados pela ação milenar da água... O fascínio que um lugar como estes traz, entendendo-se que vidas foram abrigadas, e por que não geradas, gestadas e construídas ali, pode fazer com se reflita mais sobre a nossa saga na superfície deste mundo. E sobre tudo o que temos hoje nestes agitados e modernos tempos...




1 de setembro de 2017

Os campeões do campo


Da Expointer em Esteio. A tradicional e principal exposição agropecuária do Rio Grande do Sul, mostra todos os anos o que o meio rural tem de melhor. Em um grande parque construído há mais de 40 anos especialmente para receber milhares de visitantes de vários países, a produção primária com seus animais, suas máquinas e tudo o que envolve o setor, se faz presente. E a competição para apontar os mais belos exemplares de diversas raças de animais, acaba por ser o ponto central da grande festa do campo. Das simpáticas ovelhas, aos grandes e imponentes bovinos, passando por cavalos e sua elegância, todos desfilam para atentos jurados a espera de cobiçados prêmios. E da valorização financeira em negócios volumosos entre seus proprietários. Mas é claro que a grandiosidade da feria tem muito mais a mostrar, principalmente no setor de maquinário, e suas modernas tecnologias. Mas é nas fileiras de animais, organizados em espaços destinados à inúmeros criadores, que o cidadão urbano pode se encontrar com o ambiente das fazendas. Que tanto simbolizou, e de alguma forma segue simbolizando, o espírito campeiro enraizado no povo do sul.