Os homossexuais
vêm ganhando o respeito e a tolerância dos heteros (pelo menos de boa parte
deles), além de negócios ao se feitio .E o turismo não ficou de fora. O
festival Gay, que promete colorir de rosa o centro histórico de Pelotas no
sábado à noite, parece estar pegando carona em sua histórica fama... Mas talvez
faça jus a apenas uma parte desta turma. Isto se este grupo for considerado,
como sendo formado por, além de transformistas, também indivíduos que sentem
atraídos por outros do mesmo sexo, sejam homens ou mulheres. Segundo conta a
lenda (pelo menos foi essa que ouvimos... ) a fama remonta ao século XIX. Com a riqueza
sustentada pelas charquedas e sua mão de obra escrava, muitos filhos de grandes
empresários da época, iam buscar as luzes do conhecimento em Paris, voltando
com algo mais na bagagem.... As roupas, enfeitadas com rendas e babados usadas
também pelos homens, causou estranheza aqueles que vestiam a rudeza do couro
nas lides duras do campo. Os bons modos que começaram a vigorar nos palacetes
erguidos na cidade eram olhados como comportamento de moças, pelos gaúchos
acostumados a seriedade da peleia. E a chacota livre, permitida e tolerada
da época se espalhou pelo sul e além. A “cidade dos gays” para muitos, não
necessariamente era de homossexuais, mas de homens afeminados, que pareciam ir
na direção contrária da figura do bravo centauro dos pampas. Os tempos mudaram,
a escravatura acabou, a sociedade evoluiu, e eles estão lá. E já que chegaram
para a festa, bem que podiam olhar para as paredes dos casarões ao seu redor,
para tentar entender como tudo começou...
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