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10 de fevereiro de 2012

A fama de Pelotas


Os homossexuais vêm ganhando o respeito e a tolerância dos heteros (pelo menos de boa parte deles), além de negócios ao se feitio .E o turismo não ficou de fora. O festival Gay, que promete colorir de rosa o centro histórico de Pelotas no sábado à noite, parece estar pegando carona em sua histórica fama... Mas talvez faça jus a apenas uma parte desta turma. Isto se este grupo for considerado, como sendo formado por, além de transformistas, também indivíduos que sentem atraídos por outros do mesmo sexo, sejam homens ou mulheres. Segundo conta a lenda (pelo menos foi essa que ouvimos... ) a  fama remonta ao século XIX. Com a riqueza sustentada pelas charquedas e sua mão de obra escrava, muitos filhos de grandes empresários da época, iam buscar as luzes do conhecimento em Paris, voltando com algo mais na bagagem.... As roupas, enfeitadas com rendas e babados usadas também pelos homens, causou estranheza aqueles que vestiam a rudeza do couro nas lides duras do campo. Os bons modos que começaram a vigorar nos palacetes erguidos na cidade eram olhados como comportamento de moças, pelos gaúchos acostumados a seriedade da peleia. E a chacota livre, permitida e tolerada da época se espalhou pelo sul e além. A “cidade dos gays” para muitos, não necessariamente era de homossexuais, mas de homens afeminados, que pareciam ir na direção contrária da figura do bravo centauro dos pampas. Os tempos mudaram, a escravatura acabou, a sociedade evoluiu, e eles estão lá. E já que chegaram para a festa, bem que podiam olhar para as paredes dos casarões ao seu redor, para tentar entender como tudo começou...

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