A primeira noite na casa da Feitoria não foi nada agradável. Dormimos no chão batido um ao lado do outro, formando uma longa
fila de corpos estirados. Coube a mim um lugar próximo ao homem que
vinha conversando empolgado com Helmuth no barco. Passei a
noite inteira em vigília, temendo que ele tentasse se aproveitar da situação.
Mas o dia amanheceu, e saímos para conhecer nosso lote. Ou nosso mato. Pois assim é o lugar que ficaremos. Um emaranhado de
vegetação diversa. A mesma que me encantou nas margens do rio, agora já
não me pareceu tão bela. O entrelaçar de folhas, troncos e cipós, está mais
próximos de um inferno verde. Um verde muito diferente dos saudosos vales que deixamos do outro lado do oceano. Vencer isto, e daqui tirar nosso sustento
me parece algo impossível.
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