É o habitante dos pampas que está devidamente homenageado em
estátua no Parque Farroupilha (ou da Redenção como segue sendo conhecido por
aqui), agora em lugar mais destacado. Desde ano passado, este presente do povo
uruguaio ao centenário da revolução que dá nome a esta importante área verde de
Porto Alegre, está com uma maior visibilidade, que vai além da restauração. Tirado de um canto do parque e alçado a o meio
de um extenso gramado, largamente frequentado em dias de folga, ganhou nova
vida a mostrar o imaginário do típico homem do campo de um sul de fronteiras
tênues. Os infindáveis campos transcendem os territórios do Rio Grande e avança
no vizinho Uruguai, parecendo não haver divisão, principalmente em hábitos
desta figura quase mitológica. A identidade é tanta que um irmão gêmeo dele está
exposto em uma praça de Montevidéu. Sua vestimenta composta de chiripá, precursora
da bombacha que tanta tipicidade dá ao gaúcho, bem como sua posição
descontraída como quem descansa da pesada lida, de certo modo contrapõe a
figura heroica e guerreira tanto divulgada. Inclusive de seu companheiro mais
famoso o laçador, que há anos recebe os turistas em frente ao aeroporto, e que também
anda precisando de cuidados... Mas as duas figuras possuem igualmente o olhar
distante, que mira o horizonte. Ou talvez o futuro....
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