Imperdíveis, ainda mais na época da Fenadoce, que vai até o
dia 18. Mas a tradição lusitana da fabricação das guloseimas tão desejadas vem
de tempos distantes. Onde barões reinavam nesta cidade sulista que possui um
patrimônio histórico imensurável. E este casarão chamado hoje de número 6 bem
no centro defronte a praça é um exemplo do requinte de uma época marcante da
região. Mandado construir no século XIX pelo Barão de Butuí que chegou a ser
vice-governador da então província do Rio Grande do Sul, este verdadeiro palacete
está aberto à visitação de quem quer vivenciar de perto a época de ouro do
charque pelotense. Em todo o prédio podem ser observados ricos detalhes que narram
com imagens diferentes atividades exercidas na sociedade da época. Sempre
representadas com muita arte. E até mesmo no teto, entalhes em gesso mostram, por
exemplo, pratos e talheres indicando ter sido aquele aposento uma sala de
jantar. Na frente da casa, delicadas figuras femininas cuidadosamente
esculpidas, trazem em suas mãos objetos que remetem a costumes das gentes
daquele tempo. A arte, porém não é a única atração significativa, e o lugar insalubre
debaixo da casa onde viviam os escravos, hoje é mostrado a todos para que se
compreenda o contexto geral daquele ambiente. Mas o prédio não expõe somente a
sua arquitetura e a sua história. O espaço possui uma mostra dedicada a
valorizar o patrimônio da cidade, com destaque para miniaturas tridimensionais em
madeira deste e de outros casarões que podem ser tocadas por deficientes
visuais. Também a tradição doceira está presente através da exposição de
objetos relacionados à produção artesanal desta iguaria. Um lugar que merece
ser degustado com o mesmo prazer que visitantes e turistas certamente dedicarão,
aos mais diferentes tipos de doces ofertados na festa...
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