Foi com alguns trilhos de trem, provavelmente sobras da
ferrovia que passava em frente, que foi possível estruturar com firmeza o
segundo andar da casa que Antônio Rosa ergueu em Canoas, para o seu descanso.
Na virada para o século XX, famílias abastadas como a dos Rosa, adquiriram
quinhões de terra em forma de chácara, para merecidas férias em família. A posição estratégica próxima à nova estrada
de ferro, que ligava a capital gaúcha a colônia alemã em São Leopoldo, oferecia
todo o conforto do moderno meio de transporte que tinha parada justamente ali
em frente. A construção da Estação de Canoas, que é claro, merece uma postagem
a parte, pois também foi recuperada é inclusive posterior à construção da casa.
O rico comerciante porto-alegrense fez questão não só de ser um pioneiro, como
também adquirir os terrenos à volta, apostando na futura urbanização e nos lucros
que poderia obter. A residência é uma amostra interessante do estilo eclético,
com telhados de inspiração bávara, e lambrequins de madeira ao melhor estilo da
colônia italiana. Talvez influência do construtor contratado pelo proprietário,
que era oriundo daquele país. Uma mostra com objetos e painéis que conta a
história do lugar e da cidade preenche as salas e quartos dos dois andares. E é
a atração junto com a área verde que oferece aos visitantes em meio a um grande
centro urbano, uma ilha de natureza recheada de história...
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