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3 de maio de 2013

Lixo


Temos muita beleza e muita história bem aqui pertinho, e que sempre mostramos neste espaço.... Mas é claro, também tem muita sujeira........  Ainda bem que existem incansáveis faxineiros.... No Arroio Dilúvio (que corta Porto Alegre ao meio), um mutirão de limpeza encontrou de vasos sanitários a um orelhão, passando por vários tipos de móveis, além de garrafas e outros objetos menores. Tudo jogado nas águas que a bem da verdade, já recebem o que sai da patente (enquanto a própria patente não vai), direto e sem escalas (ou tratamento). Em uma combinação nem um pouco perfumada. Mas fedor parece não ser privilégio só do Dilúvio (e outros rios até maiores). Um rastro de sujeira que contaminou quem deveria se responsabilizar por um ambiente limpo, está sendo varrido pela Operação Concutare em um mutirão que talvez ainda encontre coisas mais cabeludas do que um sofá velho jogado no leito de um arroio. Mas depois que a poeira baixar e se misturar com terra? O que é que fica? Algo sempre permanece. Talvez se aprenda que, se não sujar não precisa limpar. Talvez. Ou talvez a limpeza completa seja uma utopia, afinal um pinguinho de tinta sempre insiste em cair em um jornal velho. Não. Nem tudo é perfeito... Então que se foque na vida, na saúde e nas coisas certas. E “limpas”. Se é que há um consenso sobre isto. E a inevitável sobra ou lixo, que se coloque em algum lugar, ou que se recicle.... Seja um jornal velho, ou uma roubalheira... Afinal, na natureza nada se cria nada se perde, tudo se transforma. Já diria Lavoisier....

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