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17 de novembro de 2016

As Nereidas de Pelotas e da Escócia

As dezenas de filhas do Deus Nereu senhor dos mares, espalhavam sua beleza por oceanos sem fim, por vezes a cavalgar mitológicas e misteriosas criaturas marinhas. A magia das Nereidas como ficaram estas belas conhecidas, foi perfeita inspiração para a criação de uma bem elaborada fonte de água, por um artista francês. Mostrada na exposição internacional de Londres em 1862, foi replicada em ferro fundido na vizinha Escócia e na distante América do Sul. A Ross Fountain enfeita um amplo parque central ao lado de um tradicional castelo de Edinburgo, e sua irmã centraliza a Praça Coronel Pedro Osório no coração de Pelotas. Em ambas, as delicadas figuras femininas que se sobressaem na parte mais alta do monumento, trazem objetos que representam a ciência, a arte, a poesia e a indústria.



Sua nobre função de abastecer com água a população que pagava por cada litro dali retirado mesmo a noite a luz de candelabros, começou com sua inauguração em 1873. Era a modernidade que chegava, pela iniciativa da companhia hidráulica local, substituindo um antigo pelourinho onde escravos eram açoitados já havia mais de 40 anos. Outras três fontes foram instaladas na cidade, como a que existiu em frente à Catedral, e que permanece misteriosamente desaparecida. A versão escocesa da Fonte das Nereidas inaugurada uma ano antes, foi adquirida por um fabricante de armas que a doou a cidade, e possui exatamente as mesmas figuras da parte central. Mas não tem as irmãs montadas em garbosos cavalos, ou mesmo as salientes luminárias, que circundam a beira do lago formado pela fonte sulista. A delicada beleza deste monumento é mais um exemplo de que temos riquezas por vezes comparáveis e até mesmo superiores, ao que existe em outros lugares mais visitados.





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