Até barcos foram mobilizados para tentar desencalhar uma
baleia jubarte, na beira do mar de Capão Novo em 2010. E conseguiram... Mas,
muito ferida, acabou retornando suas 25 toneladas um dia depois, às
proximidades da areia de onde não saiu mais viva. Em seu caminho da Antártida,
às águas quentes do norte do Brasil onde se reproduz, acabou por se perder chegando
à costa gaúcha, onde iniciou o descanso eterno de seu esqueleto. Que agora pode
ser visitado em Imbé. Com muitas
informações interessantes, o Museu de Ciências Naturais, vinculado ao Centro de
Estudos Costeiros, Limnológicos e Marinhos (CECLIMAR), é agora sua morada para
desfrute dos que escolhem este belo programa praiano. Muito bem montado ao lado de animais empalhados,
o conjunto de seus ossos dá a exata ideia do seu tamanho, muito maior que um
veículo de passeio. Apreciá-lo faz entender um pouco mais da imensa diversidade
que navega nos mares do sul. Mas não é só da água salgada que vem as coleções do lugar. O ambiente litorâneo um
pouco mais longe da faixa de areia é desvendado em sua fauna, flora, geografia
e história geológica. Lá se pode conhecer um pouco mais da rica fauna da mata
atlântica, que convive lado a lado com uma planície recheada por um verdadeiro
colar de lagoas de água doce. E ainda alguns rios e lagunas que chegam até o
oceano. A evolução natural da região ao longo dos milhões de anos do nosso
planeta, também se faz presente trazendo inclusive os restos mortais de animais
que morreram muito antes da baleia deste novo século. Como é o caso do tigre de
dente de sabre, e outros contemporâneos dos dinossauros. Um lugar para
aprender, e entender o contexto de uma região do sul, simplesmente fantástica.
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